Depois de dois anos de forte recessão, a economia brasileira ainda apresenta contradições já que, por um lado, alguns setores se defrontam com quedas expressivas, e de outro lado, outros já iniciaram a recuperação. A inflação apresenta redução, mas em contrapartida, a taxa de juros ainda é elevada. Quanto ao mercado de trabalho, o Brasil registra 14 milhões de desempregados, mas o trabalho formal apresentou dados mais animadores.
Nesse cenário ainda instável, o que podemos esperar da economia brasileira para este ano? PIB, inflação, taxa de juros, como se comportarão nos próximos meses?
Do ponto de vista econômico, a tendência é que o PIB cresça de maneira mais significativa, consolidando a recuperação iniciada em 2017. A inflação deve se manter extremamente dentro do aceitável o que deverá implicar em manutenção da taxa de juros em patamares tão ou mais baixos que os atuais. O mercado de trabalho deve reagir positivamente também, com uma aceleração da recuperação econômica.
O Banco Central do Brasil (BC) divulgou a terceira edição 2018 do Boletim Focus, relatório de mercado publicado semanalmente com as previsões de cerca de 100 (cem) analistas financeiros sobre diversos indicadores da economia brasileira. De acordo com o Boletim Focus, os principais economistas em atuação no país pioraram suas projeções para 2018 sobre o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e a Produção Industrial. Por outro lado, demonstraram-se um pouco mais otimistas sobre o Valor do Dólar Comercial, a Taxa de Crescimento dos Preços Administrados e a Conta Corrente. Além disso, os analistas consultados mantiveram suas projeções anteriores sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FIPE), o Produto Interno Bruto (PIB), a Dívida Líquida do Setor Público, o Investimento Direto no País, a Balança Comercial e a Meta da Taxa Selic.
Fonte: Boletim Focus do Banco Central – 3. Ed., 2018. Acessado em: https://br.advfn.com/economia/boletim-focus
Embora haja indícios claros de recuperação econômica, a equipe econômica do governo ainda tem desafios para vencer em 2018. Com discussões adiadas pelo Congresso e com a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender a protelação dos reajustes ao funcionalismo federal, as medidas de ajuste fiscal representam uma fonte essencial de receitas para o governo fechar as contas e cumprir a meta de déficit primário de R$ 157 bilhões para este ano que se inicia.
Originalmente, o governo pretendia que as medidas resultassem em ajuste de R$ 21,4 bilhões para 2018. Desse total, R$ 14 bilhões viriam do aumento de tributos e R$ 7,4 bilhões, de cortes de gastos obrigatórios. O adiamento das votações para o ano novo e a decisão do STF reduziram o ajuste para R$ 13,6 bilhões na melhor das hipóteses.
Fontes:
https://janusinvestimentos.com/analise-macroeconomica/perspectiva-2018-na-economia-brasileira/
https://br.advfn.com/economia/boletim-focus
Aprovação de medidas de ajuste é desafio para equipe econômica em 2018