A redução já era esperada pelo mercado, que estima que a autoridade monetária deve encerrar em breve o ciclo de cortes nos juros, iniciado em outubro do último ano, por causa do baixo nível de inflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 7,50%. A decisão foi tomada por unanimidade. É o menor valor para taxa básica de juros desde abril de 2013. Na época, a Selic estava em 7,25%, o nível mais baixo desde que o BC começou a divulgar metas para a taxa, em 1999.
Com a decisão, o comitê diminui o ritmo de cortes na Selic feito nas últimas quatro reuniões, que foi de 1 p.p. A redução já era esperada pelo mercado, que estima que a autoridade monetária deve encerrar em breve o ciclo de cortes nos juros, iniciado em outubro do último ano, por causa do baixo nível de inflação.
O comitê disse, na nota que divulga a nova taxa de juros, que o ambiente econômico está dentro do previsto anteriormente, quando havia sinalizado que faria uma redução mais gradual da Selic. “O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, diz trecho do texto.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Boletim Focus preveem que o BC fará um corte de 0,5 p.p. na reunião marcada para dezembro, levando a taxa a 7%, um novo recorde mínimo.
A taxa Selic
A Selic é a taxa usada como referência para definir os juros pagos em diversos contratos do sistema financeiro, de empréstimos para a compra de imóveis a cartões de crédito. Ela é definida em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que é parte do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias. O BC altera a taxa básica de juros para controlar a inflação, por meio da influência que a Selic têm na oferta de dinheiro disponível no mercado.
O ciclo de cortes na Selic perto do fim?
Trajetória de redução de juros anunciada pelo Copom e as estimativas do mercado
Fonte: Revista Veja